Após assistirem Avatar crìticos do Globo comentam sobre o filme
Depois de ter assistido a pré-estréia de "Avatar" os críticos do Globo dão seu ponto de vista sobre o tão esperado sucesso de James Cameron. O filme que não economizou em efeitos especiais está deixando os especialistas divididos.
Segundo Rodrigo Fonseca o filme é mais complexo e provocante do que sua promessa de encanto visual. "Avatar vende-se como um fliperama, um videogame tridimensional, prometendo elevar a sensibilidade da plateia para além das fronteiras do olhar. Existe um boato de que, na Fox, ninguém deveria se referir ao longa-metragem como uma ficção científica, definindo-o como "um filme de aventura para toda a família" por imposição de seu próprio realizador. Se ele deve ser comercializado assim, vende-se mal: o novo filme do midas que pôs o mundo a suspirar com "Titanic" (1997) alcança patamares muito mais complexos e provocantes do que sua promessa de encanto visual." diz Rodrigo - crítico do Globo.
Já para Tom leão o longa metragem é visualmente impressionante e narrativamente maçante. "Você nunca viu nada tecnologicamente tão impactante no cinema desde que Spielberg e os efeitos de computação digitais (CGI) fizeram os dinossauros caminharem novamente sobre a terra no primeiro "Jurassic Park" (1993). Por outro lado, você já viu umas duas dúzias de vezes, pelo menos, a história de um predestinado, de um escolhido, que veio para salvar um povo (bocejo). E vai ver de novo. Pois é. "Avatar", o novo e ambicioso projeto de James Cameron ("Titanic", "Terminator"), situa-se exatamente nesta encruzilhada, a do filme revolucionário, mas com um roteiro clichê e previsível. E ainda bastante oportunista (tem tudo a ver com os tempos ecologicamente corretos em que vivemos)." diz Tom - crítico do Globo.
André Miranda disse achar o filme bom, mas cansativo. E ainda perguntou qual seria a graça de um Kinder Ovo sem surpresa. "Bem, vamos começar pelo início. O novo e tão esperado filme de James Cameron, sobre o qual se dizia que iria revolucionar o cinema, é realmente incrível. O visual é soberbo, sobretudo quando assistido em 3D. A sensação é de que se está num daqueles simuladores dos parques da Disney - só faltam o vento no rosto e os respingos de água na roupa. Não adianta vir com o papo de que qualquer filme em 3D é assim, porque não é verdade. Todas as cenas de "Avatar" têm profundidade, todas as cenas dão a impressão de que a gente incorporou um personagem (um avatar?) e está dentro da tela. Cameron realmente conseguiu criar um visual novo, que será lembrado por anos e anos como uma ruptura no cinema de ficção científica e como o padrão de qualidade para os filmes em 3D.
Mas, tirando o visual, não sobra quase nada. "Avatar" é vazio, muito vazio.
Não adianta criar um ambiente como Cameron criou e não ter uma história para contar. "Avatar" não tem história. Tem, sim, referências a várias outras histórias do cinema, numa colagem mal feita e pouco criativa. É o filme que todo mundo já viu, mas que passou por um caríssimo banho de loja só para deixar os espectadores chapados com seus efeitos especiais.
Depois que se acostuma com o a experiência visual que ele proporciona, lá pelos 20 minutos, é hora de se acompanhar a trama. "Avatar" parte de uma expedição gananciosa de humanos a outro planeta, um tal Pandora, a fim de extrair um minério caríssimo. Lá, vivem uns seres azuis, compridos e que parecem parentes do Jar Jar Binks de "Guerra nas estrelas". Para se aproximar deles, os humanos desenvolvem uma tecnologia que transfere suas consciências para corpos clonados dos smurfs grandões." diz andré - crítico do Globo.
Por Carlos Melo
De acordo com o site Terra
0 comentários:
Assinar:
Postar comentários (Atom)