Mesmo preso, Roman Polanski ganha o Urso de Prata em Berlim
Na falta de um grande favorito, o Festival de Berlim premiou um longa-metragem que pouco aparecera nas listas de apostas como seu possível vencedor. Mas, de acordo com o presidente do júri, o alemão Werner Herzog, foi uma decisão "rápida". Assim, o turco "Honey", de Semih Kaplanoglu, o drama de um menino introspectivo que percorre uma floresta atrás de seu pai, acabou escolhido o melhor filme na 60 edição de Berlim, um dos mais tradicionais festivais do mundo.
veja fotos dos principais ganhadores
O anúncio do Urso de Ouro, feito por Herzog e pelo diretor do Festival, Dieter Kosslick, foi bastante comemorado pela equipe de "Honey". Mas, apesar de a noite ter sido especial para Kaplanoglu, quem roubou a festa, mesmo à distância, foi Roman Polanski. O cineasta foi escolhido o melhor diretor do Festival, pelo thriller "The ghost writer". Como já se sabia, Polanski não subiu ao palco para receber seu troféu, por estar em prisão domiciliar na Suíça, à espera de uma decisão sobre a apelação de sua condenação por abuso sexual nos EUA, nos anos 70.
Um dos produtores de "The ghost writer", porém, leu uma mensagem do diretor:
"Mesmo que eu pudesse, eu não iria a Berlim. Na última vez em que fui a um festival receber um prêmio, acabei na prisão", teria dito Polanski, em referência ao Festival de Cinema de Zurique, onde ele seria homenageado e para onde se encaminhava ao ser abordado no aeroporto, no fim de setembro de 2009, e detido pela polícia suíça.
O primeiro Urso entregue foi um de Prata para o chinês "Apart together", de Wang Quan'an, como melhor roteiro. Por sua vez, o russo "How I ended this summer", de Alexei Popogrebsky, foi o único longa-metragem a receber dois prêmios pelo júri oficial: o Urso de Prata de Contribuição Artística, para sua direção de fotografia; e o de melhor ator, este dividido entre Gregory Dobrugin e Sergei Puskepalis, os protagonistas que contracenam sozinhos por praticamente duas horas. Como melhor atriz, Shinobu Terajima, do japonês "Caterpillar", de Koji Wakamatsu, ficou com o Urso de Prata. Já um dos favoritos ao prêmio principal, o romeno "If I want to whistle, I whistle", de Florin Serban, recebeu o Urso de Prata do Grande Prêmio do Júri.
Mesmo de fora da seleção principal, os brasileiros tiveram uma participação importante em Berlim. O documentário "Lixo extraordinário", coprodução entre Brasil e Inglaterra, da diretora inglesa Lucy Walker e dos brasileiros João Jardim e Karen Harley, foi escolhido como melhor filme da mostra Panorama. O longa-metragem mostra o trabalho do artista plástico Vik Muniz no lixão do Jardim Gramacho, no Rio.
- O trabalho do Vik é muito bom, e a forma como ele envolveu os catadores no processo de criar arte foi sempre sincera e verdadeira, acho que isso vai conquistando a plateia - afirma João Jardim.
Via O Globo
Foto: Reprodução
Siga o Espalha Fato no Twitter: http://twitter.com/espalhafato
veja fotos dos principais ganhadores
O anúncio do Urso de Ouro, feito por Herzog e pelo diretor do Festival, Dieter Kosslick, foi bastante comemorado pela equipe de "Honey". Mas, apesar de a noite ter sido especial para Kaplanoglu, quem roubou a festa, mesmo à distância, foi Roman Polanski. O cineasta foi escolhido o melhor diretor do Festival, pelo thriller "The ghost writer". Como já se sabia, Polanski não subiu ao palco para receber seu troféu, por estar em prisão domiciliar na Suíça, à espera de uma decisão sobre a apelação de sua condenação por abuso sexual nos EUA, nos anos 70.
Um dos produtores de "The ghost writer", porém, leu uma mensagem do diretor:
"Mesmo que eu pudesse, eu não iria a Berlim. Na última vez em que fui a um festival receber um prêmio, acabei na prisão", teria dito Polanski, em referência ao Festival de Cinema de Zurique, onde ele seria homenageado e para onde se encaminhava ao ser abordado no aeroporto, no fim de setembro de 2009, e detido pela polícia suíça.
O primeiro Urso entregue foi um de Prata para o chinês "Apart together", de Wang Quan'an, como melhor roteiro. Por sua vez, o russo "How I ended this summer", de Alexei Popogrebsky, foi o único longa-metragem a receber dois prêmios pelo júri oficial: o Urso de Prata de Contribuição Artística, para sua direção de fotografia; e o de melhor ator, este dividido entre Gregory Dobrugin e Sergei Puskepalis, os protagonistas que contracenam sozinhos por praticamente duas horas. Como melhor atriz, Shinobu Terajima, do japonês "Caterpillar", de Koji Wakamatsu, ficou com o Urso de Prata. Já um dos favoritos ao prêmio principal, o romeno "If I want to whistle, I whistle", de Florin Serban, recebeu o Urso de Prata do Grande Prêmio do Júri.
Mesmo de fora da seleção principal, os brasileiros tiveram uma participação importante em Berlim. O documentário "Lixo extraordinário", coprodução entre Brasil e Inglaterra, da diretora inglesa Lucy Walker e dos brasileiros João Jardim e Karen Harley, foi escolhido como melhor filme da mostra Panorama. O longa-metragem mostra o trabalho do artista plástico Vik Muniz no lixão do Jardim Gramacho, no Rio.
- O trabalho do Vik é muito bom, e a forma como ele envolveu os catadores no processo de criar arte foi sempre sincera e verdadeira, acho que isso vai conquistando a plateia - afirma João Jardim.
Via O Globo
Foto: Reprodução
Siga o Espalha Fato no Twitter: http://twitter.com/espalhafato
0 comentários:
Assinar:
Postar comentários (Atom)